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Mestre em Educação Física, educador e pesquisador. Inclinado às áreas de Estudos Sociodemográficos voltados à Saúde, Educação e Esporte, Estudos Socioculturais, Corporeidade, Etnicidade, Racismo e Desigualdades Sociais, História da Afrika e dos Áfricanos na Diáspora, Religião, Psique, e Física Quântica.

domingo, 24 de outubro de 2010

Palavras soltas


Soltar as palavras, deixar-se traspirar em seus sentidos e sentimentos sem medo. Relacionar-se com as pessoas e os objetos de modo equilibrado, suave, sem se preocupar se será taxado como bobo, chato, esquisito, ou outra qualidade que indique repulsa. Exercitar a compreensão e ser compreendido e respeitado pelas pessoas. Se preocupar e sentir a preocupação das pessoas com o seu estado de espirito. Essas são caracteristicas interessantes para um círculo de relacionamento, ou para uma relação entre dois.

Mas é difícil sentir-se assim, estar em um convívio desta envergadura. As pessoas são preconceituosas e imediatistas, cada vez mais neste mundo globalizado e tão individualista. O consumo, vontade de ter, a posse, acaba por fazer parte das nossas elaborações afetivas e emocionais de tal forma que o tranferimos (o consumo) para a esfera dos relacionamentos. Queremos ter a posse da(o) outra(o), ou das(os) outras(os).

Vidas medíocres. Em grande parte vivemos para trabalhar e comprar, e ter. E depois que temos, o que fazemos? Vamos querer ter mais.. e assim a vida segue. Ter é importante, eu quero ter muitas coisas, comprar muitas coisas, e possuo muitos planos e metas neste sentido. Mas não vivo para isso, vivo para sentir e aprender, conhecer e ensinar. Minha vida faz sentido assim, uma vida para entender o mundo, as pessoas, e, por fim, entender a mim próprio no infinito pretume espiritual que nos cerca a consciência e subconsciência.

Tenho aprendido muitas coisas sobre mim. Isso é muito bom. Aprender sobre nós mesmos não é fácil, demanda reflexão, sensibilidade, paciência, e embate com idéias divergêntes das que possui. Demanda também reconhecer os erros e os acertos, e estar sempre balizado pelo senso de justíça. Parece que o mundo nao está formatado para facilitar nosso entendimento sobre nós mesmos, e desta forma, quem segue o fluxo da vida passivamente (estuda, trabalha, namora, se diverte, casa, etc..) é mais uma pessoa, vivendo. Quem se descobre, se compreende, sai da Matrix e invariavelmente torna-se um questionador deste mundo tão medíocre. Torna-se um construtor de um mundo diferente, um mundo de sentidos e cores traduzidos por um sorriso e um eu te amo honestos.

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